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A arte de Hanna Barbera
Um mundo mágico atrás da tinta
Para
a maioria de nós, o mundo da animação continua
a existir na memória. Não importa quantos anos possam
se passar. Ainda podemos recordar vividamente aqueles momentos
mágicos quando figuras animadas ganhavam vida própria.
Na sala de um cinema lotado, nossos barulhentos e festivos amigos
se regozijavam quando o rato iludia o gato. Olhos arregalados,
quando os heróis e heroínas do reino dos contos
de fadas dançavam diante de nós.
Na sala de estar, gargalhadas e mais gargalhadas quando um desembaraçado
urso, com um chapéu em forma de torta, surrupiava outra
cesta de piquenique. Ou quando um inocente morador de subúrbio,
em pele de leopardo, berrava por outro plano fracassado.
Não são meramente desenhos e croquis. Mesmo brotando
da imaginação de ilustradores, animadores, atores
e diretores, eles residem em um canto das nossas mentes, tão
reais quanto nossos vizinhos da porta ao lado.
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Bill
Hanna
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Joe
Barbera
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Dois
homens de estilos e temperamentos amplamente diferentes,
transformaram um sonho em um império.
Fizeram sucesso ao unir suas aspirações e seus talentos,
criando 2 décadas dos clássicos desenho Tom &
Jerry. Adquiriram assim, um grande domínio em criar
desenhos animados para TV, chegando até os mais longínquos
cantos do globo.
Joseph
Barbera, o artista de New York e sua caneta rápida
sempre a mão. William Hanna, um cara de fala mansa,
do meio oeste com uma habilidade prodigiosa como empreendedor.
Fundaram a HB Productions, uma empresa que o programa 60
minutos, um telenoticiário da CBS chamou de
a GM da animação.
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Independente
de sua longevidade como uma equipe, Hanna Barbera conquistou
seu status como uma história americana de sucesso, numa época
em que a animação para televisão era considerada
nada realista e contraproducente. Desenvolveram e aperfeiçoaram
suas técnicas. Tornaram possível produzir um grande número
de desenhos animados todas as semanas.
Várias gerações de jovens dos anos 60 desenvolveram
uma crescente parcela de afeição e entusiasmo por um destemido
urso do parque Jellystone. Não é exagero declarar que
Bill Hanna e Joe Barbera mudaram para sempre a face da
nossa TV.
Desenvolveram
uma nova forma de humor que condizia com os menos pacientes e mais
bem informados. Rápido, básico e sem enfeites, eles
projetaram as sutilezas da animação com muita sátira
e vários truques. Hanna Barbera sentiu que os jovens
e seus "pais" que assistiam a Dom Pixote respondiam
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apreciativamente,
e aqueles que usavam o imaginário ao assistir Pepe Legal
reconheciam sua alegre sátira às trama de faroeste concebidas
pelos produtores de filmes. Encontraram mais motivos para rir das artimanhas
dos suburbanos da Idade da Pedra Fred e seu amigo Barney, cujas vidas
tão coincidentemente fariam com que eles se espelhassem no século
XX.
Quando
é que a magia começou? Em que momento no tempo aqueles
dois homens de experiências completamente diferentes iniciaram
uma parceria criativa que sobreviveu por meio século?
Por sua própria conta, nenhuma faísca centelhou, nenhuma
chama iluminou os céus, quando eles se encontraram pela primeira
vez em 1937 no novo departamento de desenhos animados da MGM.
Havia respeito mútuo e admiração, mais nada.
Tom e Jerry
Com o passar de um ano, sentaram–se em carteiras
frente a frente e mesclaram seus talentos para criar a estória
de um gato chamado
Tom e um pequeno, mas porém esperto, rato chamado Jerry.
O resto é animação e a magia, que se estenderam
por duas décadas. Mais tarde se transformou num mundo de desenhos,
habitado por personagens como Dom Pixote, Zé Colmeia, Fred Flintstone,
Wally Gator, Touché, Matraca Trica, Os Impossíveis, Manda
Chuva, Pepe Legal, Penélope Charmosa, e muito, muito, muito mais!!!
Texto
extraído do livro
The Art of Hanna Barbera
by Ted Sennett
tradução: Rodrigo Palhares
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